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15 novembro 2014

Menos Maísas, mais Spivets


O que eu vou falar agora pode soar meio preconceituoso, mas não deixa de ser verdade: crianças-prodígio costumam ser um pé no saco - vide Maísa Silva. Assim como crianças que convivem apenas com adultos e começam a se portarem como tal, argh, tem coisa mais chata do que isso??? Mas, contrariando todas essas minhas ressalvas, o pequeno superdotado T.S. Spivet chegou de mansinho, ganhou o meu coração e um espacinho no blog onde vou falar sobre o filme que conta sua história.

Pra variar, eu odiei a tradução do título. O original "The Young And Prodigious Spivet" já não é lá grandes coisa, porém sou obrigada a admitir que é melhor que "Uma Viagem Extraordinária" (2013), sua versão traduzida/adaptada.

Antes de falar sobre a obra, vou usar um argumento que terá grande valia para quem assistiu e gostou d'O Fabuloso Destino de Amélie Poulain: as aventuras do menino Spivet foram dirigidas por ninguém menos que Jean-Pierre Jeunet (e eu tive que pesquisar no google como escrevia esse nome, me julguem), mesmo diretor do filme citado anteriormente. Não digo que a obra de 2013 seguiu exatamente o mesmo padrão usado em 2001, mas lembra, de certa forma, o jeitinho de Amélie, usando alguns elementos mais atuais, mantendo o que já funcionava e aprimorando o que poderia ser melhorado de lá pra cá. O resultado foi perfeito!

Pra quem gosta da Heleninha tem espaço também <3
"Uma Viagem Extraordinária" é ambientado na infância de T.S. e vai nos inserindo, aos poucos, em sua rotina de forma tão natural que é como se estivéssemos vivendo ali em Montana com ele desde sempre. Apesar da família um pouco, eu diria, peculiar, é gostoso ver como o relacionamento deles toma um direcionamento surpreendente (e emocionante) no final do filme, mas nada de spoilers pra vocês. 

Quando Spivet ganha um prêmio de ciência graças a um invento seu e precisa ir sozinho para os Estados Unidos recebê-lo tudo começa a ficar mais interessante. Nosso protagonista passa por poucas e boas (juro que isso não é narração de filme da sessão da tarde), mas consegue seu objetivo. Isso nem conta como spoiler porque é meio óbvio e, além disso, o bacana mesmo é assistir ao filme para ver a belíssima construção das cenas e todos os momentos durante a viagem que são impagáveis. 

Resumindo: esse é um filme fofo, emocionante, engraçado, com uma fotografia incrível, trilha sonora impecável e uma história linda contada de forma magnífica. Apesar da intensidade escondida por trás de toda a fofura, a obra consegue transmitir uma leveza tão grande que é impossível não se pegar sorrindo em alguns momentos. 

Fui alegremente surpreendida com esse personagem mirim que apesar de ser um gênio não perdeu a doçura e inocência da infância. Dá pra rir, chorar, se emocionar e torcer para que tudo dê certo no final. 

Esse é, definitivamente, um filme que vale a pena ser visto.

Fica a dica pra vocês.

"Não sei o que está procurando, mas não mude em nada. Continue desse jeito."


3 comentários:

  1. Em que mundo que eu vivo que eu não conheço esse filme? Para tudo!! Fiquei interessadíssima por essa história, até porque, estou precisando urgentemente de leveza!
    Já vou dar um jeito de baixar esse filme e assistir ainda hoje, obrigada pela indicação hahahaha
    Mas então, cara, que saudades de vir aqui, de comentar e tal, toda a vez que gravo algo pro DYL eu lembro de você hahhahahhahh

    Beijão

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    Respostas
    1. Eu só fiquei sabendo dele por causa do filmow mesmo, se não, olha, perderia essa experiência maravilhosa que foi assisti-lo.

      Ahhh, que bom que gostou da premissa. Assista mesmo e venha me contar o que achou <3

      Sério??? Ahh, eu adoro seus DYL btw.

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  2. Parece interessante Brendha, ainda mais vindo do mesmo diretor de Amélie Poulain. Gosto de filmes inventivos que nos cativam com sua energia e visual incomuns. Pelo trailer, recordou-me o estilo de Tim Burton, outro cineasta que gosto bastante :-)

    Beijos

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