Eu tenho essa estranha mania de imaginar como as coisas mais subjetivas seriam se fossem pessoas. Tipo os sentimentos ou o destino. Daí que esses dias eu estava pensando que se a vida fosse uma pessoa, ela seria aquele irmão mais novo que pentelha você o tempo todo. O. TEMPO. TODO. E quando ela tá calma demais, quando as coisas estão muito tranquilas, PREPARA porque vem bomba por aí. Vocês podem achar que é uma forma meio pessimista de ver as coisas, mas tenho alguns argumentos que comprovam a minha tese. Vamos a eles.
Tudo transcorria perfeitamente bem na vidinha desta que vos fala, tudo de boas, tranquilo, até que mês passado algo começou a me incomodar. Eu até comentei com vocês que eu estava com "uma dor de cabeça insuportavelmente paralisante, daquele tipo que impede você de ter qualquer pensamento, porque até pensar dói", cês lembram? Então... Acontece que depois de alguma resistência, eu resolvi ir ao médico e acabei descobrindo que tenho uns probleminha na cabeça. Não é nada que afete movimentos/fala/capacidade de pensamento ou coisas assim (só minha memória que já não era boa e agora tá nível alzheimer), mas é, em suma, uma baita de uma dor de cabeça - literal e figurativamente falando.
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shit just happens (acontece nas melhores famílias) |
No começo eu achei que poderia ser o estresse o causador dessas dores, mas após alguns exames o médico descobriu que quem desencadeou a minha "trombose de seio venoso" (nome feio né? combina com a doença) foi nada mais nada menos que o anticoncepcional que eu estava tomando - na bula até dizia que tinha riscos e blábláblá, mas QUEM LÊ A BULA? Minha professora de farmacologia lê. Ok, reformulando: QUE PESSOA NORMAL LÊ A BULA, as letras miúdas? Ninguém né? Enfim.
O caso é que a bomba literalmente explodiu e por isso eu estava sumida do blog. Fiquei internada 12 dias no hospital, porém agora já estou em casa, um pouquinho melhor, embora minha recuperação esteja sendo bem lenta. Meus exames ainda não estão normais e arrumei dois novos amores que precisam andar sempre comigo, como se minha vida dependesse deles (hehe piadinha): remédio pra circulação e anticoagulante, que terei que tomar pro resto da vida. Esse sim é um amor que vai durar, triângulo amoroso melhor que Crepúsculo. Além disso, não posso fazer esforço físico, não posso ficar muito tempo em pé/andando, não posso ficar muito no sol... What means: sou uma velha de 60 anos presa num corpitcho de 19.
Mas de resto tá tudo bem.
Tô de licença médica, o que significa que as férias chegaram mais cedo. Assim tô tendo bastante tempo livre pra ler, escrever, assistir filmes, séries, passar um tempo com meu querido irmão, morrer de tédio, implorar pro médico deixar eu ir pra aula e ele negar, essas coisas... MOMENTOS.
Agora chega de drama e vamos à parte educativa do post onde eu falo sobre as lições que aprendi. De toda essa desgraça, ficam alguns conselhos pra vocês:
1. Crianças, PROCUREM UM MÉDICO sempre que vocês sentirem uns sintomas persistentes ou algo que nunca sentiram antes. Mas pelo amor de Deus, não se tornem aqueles seres paranoicos que acham que uma dor de cabeça significa tumor cerebral. Sério.
2. Copiando o slogam das campanhas sobre saúde: prevenção é o melhor remédio. Então usem camisinh... Não pera. Cuidem-se. Façam check-ups e toda essa baboseira. E usem camisinha também, aliás.
3. Continuem lendo meu blog e comentando. Faz bem pra saúde!! - pra minha pelo menos faz, rs.
Dados os recados paroquiais, fiquem com imagens exclusivas do meu romance:

Ps: na taça tem água e a fumacinha é da vela da macumba que eu fiz prazinimiga do jantar romântico. Saúde em primeiro lugar.